"Posso não concordar com uma só palavra do que dizes,
mas defenderei até a morte teu direito de dizê-las."
- Voltaire

sábado, abril 13

Qual é o meu preço? E o seu?

Anônimo, 12/abr às em "... raposa e asno?":
"Nossas autoridades vivem uma crise de desconfiança para com a sociedade. São juizes, ministros de tribunais de contas, policiais, governos federal, estaduais e municipais. Raros, muito raros são aqueles que não estão envolvidos na lama da corrupção, do desmando do favorecimento, da omissão.

O Brasil está muito bem colocado no ranking dos países corruptos, ocupa uma das primeiras colocações.


Mas, qual é o seu preço, todos nós temos. Uns não percebem, mas estão sendo cooptados subliminarmente ao receberem pequenos favores, bombons, canetas, agendas. Outros se vendem, barato, por sobra de material de construção, oculos, dentadura, perfumes, pequenos empréstimos (nunca pagos), vaga de emprego para parentes, amigos. E há os profissionais, que vivem disso, quando negociam uma compra de material ou serviço já acertam com o vendedor os percentuais que variam de acordo com o poderio do "chefe".

Temos como exemplo de relação:
- Cavendish / Cachoeira Governos estaduais, municipais, federal, parlamentares tanto da oposição quanto situação;
- Mensalão federal e o possível mineiro;
- Troca de cargos por apoio político - relação entre políticos e governos;

Tem muito mais, mas meu tempo acabou.

E VOCÊ, QUAL É O SEU PREÇO?"



TAngra:
Quadro muito triste e verdadeiro...

Eu ainda prefiro estar contido na parcela da civilização dos que não têm preço porque não se vendem. Parcela que é maioria, tendendo, cada vez mais depressa, a se tornar minoria. Se persistir a atual "Ética do Mercado" chegaremos rápido ao 1º lugar no ranking.

Só uma boa educação, desde a base, pode mudar isso, formando cidadãos que se comportem dentro das regras do "civismo", ativos na defesa do "interesse coletivo". O ensino público tem que assumir essa responsabilidade pois a maioria dos pais, cada vez mais, preferem "bombons, canetas, agendas", e "oculos, dentadura, vaga de emprego", ou "estão envolvidos na lama da corrupção, do desmando do favorecimento, da omissão".

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