"Posso não concordar com uma só palavra do que dizes,
mas defenderei até a morte teu direito de dizê-las."
- Voltaire

segunda-feira, novembro 24

Falando de Turismo

Não era o nosso objetivo falar de turismo, o Transparência Angra não é para isso, mas um comentário que recebemos nos obrigou a fazê-lo antes de podermos prosseguir com o assunto: Transatlânticos.

Para ocuparmos o menor espaço possível, só abordaremos o viajante que fica menos de 24 horas, o "excursionista", onde se situa o que chega de navio para passar um dia, segundo definição da Organização Mundial de Turismo.

Quem é esse turista? É o que dispôe de condições sócio-econômicas que lhe permitem consumir parte de sua poupança no gozo do prazer de conhecer nossas belezas naturais e - ainda que de passagem - nosso povo, nossa cultura, hábitos e história.

Quais são nossos atrativos turísticos, ou seja, o que motivou o deslocamento dessas pessoas com o intuito de conhecerem Angra?

  • Os Naturais: nossa baía, nossa ilhas e praias, montanhas, Mata Atlântica.
  • Os Histórico-Culturais: nossas ruínas, igrejas e prédios públicos.
  • As Manifestações e Usos Tradicionais e Populares: os barcos pesqueiros no cais, a pesca, o artesanato, nossa gente e seu jeito de ser.

Todos nós sabemos reconhecer a Baía da Ilha Grande e suas ilhas como atrativos. Aliás, de turismo é só isso que sabemos.

Mas poucos sabem quão atrativo é também um simples passeio pela Estrada do Contorno, onde os turistas ficam deslumbrados com a vegetação à beira da estrada, pedindo para os táxis pararem para verem de perto uma flor, para nós tão comum e insignificante. E as igrejas, que os surpreendem pela quantidade e antigüidade - apesar do mau estado de conservação. E as ruínas do convento, ou o prédio da Câmara, ou a beleza do Colégio Naval, vocês não imaginam como isso os deslumbra. Será que ninguém observou que todos os turistas que chegam ao cais de Santa Luzia tiram uma foto com os barcos ao fundo? Por que será? Por que ficam tão admirados vendo as redes de pesca - que só conheciam de fotografias ou filmes - amontoadas na popa dos barcos ?

Ora meus caros, é isso que o turista quer ver em Angra. Quem quer passear no shopping é o angrense.

Portanto, por favor não venham dizer que o shopping é o lugar certo para recebermos os navios. Se fosse eles não teriam partido, depois de 7 anos de provinciana, preconceituosa, incompetente, gananciosa e burra teimosia.

Que me desculpe o leitor que fez o comentário mas leviano e político é achar o contrário. É tão óbvio que eu tenho até dificuldade em explicar.

3 comentários:

PINTO/ROGERIO disse...

BOM DIA. CONCORDO COM VCS SÓ EM ANGRA SHOPPING É CONSIDERADO PONTO OU ATRAÇÃO TURÍSTICA.... PARECE BRINCADEIRA.


MUITO PERTINENTE ESSA MATÉRIA SOBRE OS NAVIOS QUE DEIXARAM DE VIR PRA ANGRA.


ENQUANTO ALGUNS PREFEREM SER MEDÍOCRES...... OUTROS EM PARATY... TIRAM PROVEITO DE UMA INDUSTRIA REAL DE TURISMO.



UM ABRAÇO ROGÉRIO VILELA


MONSUABA EM AÇÃO.

Anônimo disse...

Me desculpa meu amigo desconhecido!! não quis dizer que o Pirata´s é o local certo para receber os navios!! mais sim na época que comoçaram a atracar em nossa cidade!! ela não tinha estrutura nenhuma para receber sequer uma canoa no centro de angra!!
Pois o governo passado não preparou nossa cidade para esté mercado!! aliais perdemos várias oportunidades em relação ao turismo!! mais muito dessa culpa não pode ser colocado na conta do atual governo, apesar dos diversos erros que vem acontecendo!!!!!

TAngra disse...

Prezado Anônimo das 12:22,

Concordo que a cidade não tinha estrutura adequada. Mas pode ter certeza que em outras cidades brasileiras a situação era bem pior que em Angra e os navios lá chegavam sem qualquer problema. Eu, pessoalmente, conhecia na época os portos de Belém, Manaus e de São Luiz do Maranhão, por exemplo, e garanto que eram muito piores que o de Angra.

Hoje a situação por lá está bem diferente, os portos são magníficos. Mas foi o turismo que levou à adequação das instalações.

É isso que achamos que aconteceria em Angra se os turistas desembarcassem no Centro. A cidade hoje seria outra.

Vamos abordar esse assunto com mais profundidade. Aguarde, OK?

Abraços e muito obrigado por sua participação.