Fundação de Cultura - Primeiros Passos

Começamos a levantar no escritório e no campo algumas informações sobre a Cultuar.

Como é hábito na prefeitura de Angra, no papel é tudo muito bonito. Vimos isso no Plano Diretor recém apresentado e estamos vendo agora na Lei que criou a Fundação Cultural em 21 de Dezembro de 2007. Quem não conhece nossos governantes de perto pode até pensar que suas intenções são as melhores. Será por isso que Fernando ganha tantos prêmios por aí?

A Fundação foi criada para cumprir tarefas nobres, como todos sabem, e quem não sabe pode ver no B.O. 115 de 26/12/2007.

Mas ao sair do papel, em janeiro deste ano, já sob comando de Mário Luis dos Anjos, dava para ver que os objetivos eram os de sempre: cargos para amigos e parentes, tráfico de influência, boas verbas para distribuir e, se sobrasse um tempinho, alguma coisa de cultura para enganar a maioria (maioria somos nós).

A confusão começa no nome: nasceu Funcar e alguns meses depois mudou para Cultuar. Eu gostei mais de Cultuar, mas não vem ao caso. E até agora muitos de lá não sabem se é Fundação de Cultura ou Fundação Cultural do Municipio de Angra dos Reis.

Em seus poucos meses de existência, o que já houve de nomeações e exonerações não é brincadeira. Na parte que cuida das finanças e licitações, então, nem se fale. Acho que poucos por lá sabem onde trabalham mesmo.

Mas por que será que está havendo tanta confusão, tanta disputa pelo poder na fundação? Tem sido difícil para o Transparência Angra compreender. Será que há tantos em Angra deseperados pela preservação de nosso Patrimônio Histórico e pela disseminação da cultura? Ou será porque, só este ano, a Cultuar distribuiu em convênios a bagatela de mais de 1 milhão de reais, sem contar os que herdou da extinta Secretaria de Cultura? Publicaremos muito em breve esses convênios.

Quanto à parte da Cultuar que foi para as mãos de Veníssius, está tudo muito confuso: alguns dizem que foi o setor de Patrimônio Histórico, outros que foi o Depto. de Patrimônio Cultural, etc. Como não conseguimos encontrar nenhum desses órgãos na estrutura atual da Cultuar, vamos investigar com calma e tentar descobrir o que houve e o porquê. Mas, em princípio, como não há qualquer lógica em nenhuma das hipóteses, achamos que deve ser algum órgão onde se possa contratar serviços de terceiros de valor significativo ou onde se possa realizar muitos eventos, pois a "Angratendas" não foi criada em 25/03/2008 à-toa.

E, como já dissemos, estamos começando a investigar a Cultuar, por isso perdoem tantas dúvidas.

P.S. Lembrei que Projeto de Lei Orçamentária que começa a ser discutido hoje na Câmara destina R$ 5.017.000 para a Cultuar.