Em primeiríssimo lugar, já dissemos que somos radicalmente contra a existência desses cargos na administração pública, salvo em raríssimas posições dos escalões superiores, algo em torno de mil e poucos no governo federal, menos de cinqüenta no governo municipal e "meia duzia" de três ou quatro no gabinete de cada vereador numa cidade como Angra dos Reis. Todos os demais cargos deveriam ser ocupados por funcionários de carreira.
Mas já que essa não é a realidade, pois Lula tem mais de 20.000 "indicações" em suas mãos, Tuca quase 1.000 e cada vereador angrense 35, então que sejam preenchidos por pessoas qualificadas para a posição que irão ocupar.
Não interessa se o indicado é do partido A, B ou T, se é macho ou fêmea, se apoiou ou se foi contra, nada disso deveria ter importância. Só importa é se o que vai ser chefe sabe chefiar, se o que vai ser recepcionista sabe recepcionar, se o construtor sabe construir, se o que vai assessorar politicamente sabe de política e por aí vai. E muito importa sua honestidade, em toda a completeza da palavra, tanto na lida com a coisa pública que tiver sob suas mãos quanto dando o máximo de si no auxílio a quem o nomeou, para que este atinja com a maior eficiência seu objetivo de trabalhar em pról de toda a população.
Assim, só devemos nos preocupar com os agraciados com esses cargos quando eles, para garantir o contracheque, se sujeitam a não terem o que fazer - os inúteis, calam suas opiniões para não desagradar - os covardes, ou fingem que são úteis - os falsos. Os que que estão produzindo de verdade, os que mantêm suas convicções mesmo no risco de perderem o cargo, esses merecem nosso respeito.
Mas bom mesmo seria se esses cargos não existissem.
3 comentários:
Concordo com as considerações contidas no post e devemos sempre ter em mente que a maioria dos servidores é formado por pessoas honestas, empenhadas e solícitas, bem diferente de uma minoria que presta péssimos serviços aos contribuintes que recorrem as repartições para resolver alguma pendência.
Um quadro enxuto de cargos de confiança seria o ideal, principalmente se os ocupantes forem pessoas idôneas, qualificadas e com espírito público.
Na minha opinião acabar com esses cargos não seria a saída, mas como disse o TA, restringir aos cargos superiores de chefia e coordenação lubrificaria a máquina como um todo.
O concurso público deve ser a única porta de entrada no serviço público, onde o servidor deve ser valorizado, capacitado e respeitado, pois ele é a essência do sistema.
Os sevidores devem se fortalecer através do sindicato da categoria e emboídos de um espírito de luta, buscartem melhorias significativas longe do jogo político dos governantes.
Nelson
TAngra. Concordo com sua opinião, excessão ao 2º parágrafo, principalmente no que se refere ao nº de comissionados.
Não seria possível fazer movimentar toda uma engrenagem para funcionamento da máquina administrativa chamada poder público.
É preciso sim, que os funcionários de carreira se esforcem (no sentido da palavra) para terem o máximo de qualificação, pois é muito comum, e não me refiro somente a Angra dos Reis, usarem uma das muitas máximas do funcionalismo _finge que me pagam que eu finjo que trabalho_.
Alegam o sempre baixo salário para justificarem a prestação de um péssimo trabalho a populaçâo. Principalmente na área da saúde.
Ora bolas, se o sujeito recorre a um hospital é porque está precisando e ainda é maltratado? infelizmente (ou felizmente) os políticos e os gestores destes locais públicos não tiveram consciência que aos irmos a um hospital ou pronto socorro bvuscarmos atendimento, estamos carente.
Entendemos, (embora nem sempre seja aceitavel) que não tenhamos o médico ou a medicação naquela hora. Mas é preciso que sejamos tratados com respeito, com dignidade, que os funcionários demonstrem ao menos boa vontade no atendimento.
Perdão por novamente usar seu blog para desabafar.
Prezado Anônimo das 13:32,
Os números que defendemos no 2º parágrafo foram baseados em outros países. Vejamos por um exemplo um país bem conhecido dos brasileiros, os EUA: 50 estados, 300 milhões de habitantes, PIB de mais de 13 trilhões, 9,6 milhões de Km², 9.ooo cargos de confiança.
No Executivo de Angra teríamos os Assessores diretos do Prefeito, Secretários e uns poucos assessores de confiança. Não passariam de 50 e acho que daria muito bem para movimentar a máquina, até por que quem movimenta a máquina são os funcionários de carreira.
Acho que os baixos salários dos funcionários, confrontados com o que recebem os comissionados, que normalmente são só parentes e cabos eleitorais sem qualificação, funciona com desestímulo. Mas é claro que isso não serve como desculpa para um mau atendimento à população.
O quê você acha disso? É um assunto que merece conhecermos todas as opiniões.
Por último, este Blog é aberto para todos darem suas opiniões, contra ou a favor de qualquer coisa. E também para desabafos, é claro. Sinta-se à vontade.
Abraços e obrigado.
Postar um comentário