Numa entrevista no programa Talk Show, Rádio Costazul FM, o Secretário da Defesa Civil Carlos Alexandre detalhou todas as ações corretivas e preventivas que estão sendo tomadas pelo executivo municipal contra as chuvas e a ocupação desordenada das encostas. Falou dos trabalhos em conjunto a serem desenvolvidos com a Cope, CPRM, Geo's e ETC. Trabalho árduo e eficiente. Escutem o áudio neste link:
angranews.blogspot.com/2010/01/monitoramento-de-areas-de-risco-sera.html
E aos 19:20 minutos da entrevista, pergunta o jornalista:
- "... esse equipamento existe já no município, a gente já tem esse equipamento próprio em algumas áreas, como é que funciona essa questão do alerta pra vocês da Defesa Civil, só para o ouvinte entender. Vocês têm esse equipamento?"
Resposta do Secretário:
- "Nós sim, Igor, em 2003 nós criamos um programa preventivo, distribuimos mais de 30 pluviômetros nas comunidades de Angra dos Reis, monitorados por voluntários. Acontece que muitos desses, por serem voluntários, em alguns problemas eles não passam essas informações para a sede da Defesa Civil. Nós temos um na sede, nós monitoramos todo o índice pluviométrico aqui do Centro da Cidade, no Bairro São Bento, e nesses locais é de maneira voluntária, nós recebemos, temos esses índices de muitos lugares, mas agora, depois de uma solicitação que a Defesa Civil fez ao Prefeito, ele entende isso como poucos, foi Secretário de Obras, ele é engenheiro, ele imediatamente liberou para que a gente pudesse instalar esses pluviômetros, e com um índice a ser estudado de chuva - a gente vai instalar os alarmes também no solo - para que com uma quantidade de chuva estimado que vai ser estudada, se toque algum tipo de alarme para que as comunidades imediatamente saiam de suas residências até que a chuva pare e se restabeleça a normalidade."
Agora só uma perguntinha do Transparência Angra, que acaba de concluir que entende um pouquinho mais de pluviômetro do que qualquer ex-secretário de obras ou engenheiro citado: "Senhor Secretário, se vocês não tinham nem os níveis de alarme para os pluviômetros, a que o senhor se refere para facilitar o entendimento dos leigos como "quantidade de chuva estimado" - que na verdade não é o estimado, mas sim o alcançado -, e se ainda vão fazer esses estudos, por favor explique qual a razão da existência desses inúteis equipamentos, já que eles só servem para ou medir o índice em um local para fins de estudo ou, terminado o estudo, alertar para a necessidade de alguma ação, seja uma ação preventiva, de emergência, ou acionando euipamentos de irrigação, por exemplo?"
Perdão, mais uma pergunta: "O senhor se referiu aos mais de 30 pluviômetros instalados em 2003. Já foram localizados esses outros, que foram citados na entrevista ao jornal Diário do Vale, dia 16 de dezembro de 2009, como o senhor pode lembrar lendo o artigo abaixo? Ou a reportagem trata dos mesmos que estão por aí desde 2003?"
Link para a matéria completa:
transpangra.t35.com/artigos/jornais/jornais_dv.htm?dvale20091216pag05Pena que tenha esgotado as perguntas, se não ainda lhe perguntaria se o senhor acha que foi uma medida minimamente aceitável abandonar o monitoramento dos pluviômetros nas mãos de voluntários aparentemente destreinados, ou, se treinados, irresponsáveis e descompromissados na lida com um equipamento que salvaguardava a vida de dezenas, centenas de cidadãos, homens, mulheres e crianças? Acho que não carece resposta. E acho que o senhor não deveria assumir uma responsabilidade que não é toda sua.
Gostaríamos de encerrar essa lamentável história por aqui mas, infelizmente, essa ainda não é toda a verdade...
Espero que o "amigo próximo" possa nos ajudar a encerrar esse assunto, dado sua relevência.
P.S. Não sei se a transcrição do trecho da entrevista fere algum direito autoral ou de propriedade. Se for o caso, pedimos que a Costazul FM entre em contato que o retiraremos de imediato.
9 comentários:
tst!
tttt!
$$$$$$$$$$$$
CAIXA D'ÁGUA
Mais publicidade, menos obras
Orçamento para 2010 da Prefeitura de Angra dos Reis prevê R$ 2,2 milhões para propaganda e menos da metade deste valor para contenção de encostas. MP abre inquérito para apurar responsabilidades nos deslizamentos de terra
POR JOÃO NOÉ
Rio - Mesmo com o histórico de problemas no verão devido às chuvas, a Prefeitura de Angra dos Reis previu para este ano investir em contenção de encostas menos da metade do gasto estimado com publicidade. O orçamento prevê R$ 2,2 milhões em divulgação da cidade e de ações do governo, e R$ 1 milhão para reforçar encostas. Ontem, o Ministério Público estadual (MP) anunciou a abertura de inquérito para apurar responsabilidades pelos deslizamentos que mataram 52 pessoas desde o dia 31 em Angra e Ilha Grande. Duas pessoas estão desaparecidas.
A Promotoria também vai fiscalizar a aplicação dos R$ 80 milhões recebidos pelo município do governo federal para medidas emergenciais contra os resultados das chuvas. Outro inquérito vai avaliar a concessão de licenças para construção e omissão na fiscalização do território da cidade.
“O orçamento mostra que a prefeitura considera mais interessante promover suas ações que prevenir. Assim, uma tragédia dessas, infelizmente, não surpreende”, critica Ivan Marcelo, do Instituto Socioambiental da Baía de Ilha Grande.
A reportagem de O DIA tentou contato com o prefeito Tuca Jordão durante toda a tarde de ontem. A assessoria da prefeitura informou que não conseguiu contato com Jordão, mas que, por causa dos deslizamentos ocorridos no Réveillon, o orçamento está sendo revisto. A assessoria informou ainda que há previsão de mais verbas da União e do estado para contenção de encostas.
>> FOTOGALERIA: As vítimas da tragédia em Angra dos Reis
Na terça-feira, o MP começou a apurar de quem é a responsabilidade pelas 52 mortes ocorridas na Enseada do Bananal, na Ilha Grande, e no Morro da Carioca, em Angra. No dia seguinte, abriu inquérito para fiscalizar a aplicação dos recursos da ordem de R$ 80 milhões recebidos da União.
“Município, estado e União têm dois dias para se pronunciar sobre o assunto”, afirmou o promotor Bruno Lavorato Moreira Lopes. Ontem, audiência pública para discutir impactos das chuvas na cidade reuniu deputados, técnicos, moradores e o procurador Fernando Lavieri. Não havia representante da prefeitura.
Ordens judiciais para evitar tragédias são descumpridas
Sete anos depois do deslizamento que matou 40 pessoas no bairro Areal, em Angra, o poder público ainda não cumpriu as determinações da Justiça Federal para evitar novos problemas. No local, a chuva é motivo de medo para moradores.
A tragédia no Areal ocorreu em 9 de dezembro de 2002, quando choveu em menos de 24 horas o que choveria em dois meses em condições normais. Além das mortes, a tempestade deixou 1.500 desabrigados.
Em ação civil pública movida por uma ONG, a Justiça Federal determinou que a prefeitura construísse barreiras de contenção e fizesse obras em galerias de águas pluviais. Ao Dnit, ordenou reparos nas galerias de águas pluviais no trecho da BR-101 em Angra. Já ao governo estadual, a ordem era para que desassoreasse o Rio Japuíba, da foz até os limites do Horto Municipal.
Ontem, primeiro dia de chuvas em Angra após a tragédia da virada deste ano, no Areal, a merendeira Maria Elenice, 52 anos, voltou a conviver com a lama que entra em casa sempre que chove. Recentemente, ela fez um buraco na parede de casa para ajudar no escoamento das águas. “Angra se desmancha quando chove”, comparou. O Rio Japuíba, com obras interrompidas, continua transbordando a cada chuva. Autora da ação, a advogada Marilda Modesto Rodrigues diz que o desastre deste ano foi uma tragédia anunciada: “Já havia ocorrido em 2002 e ninguém tomou providências”.
A Prefeitura de Angra informou que recorre da decisão da Justiça Federal.
fonte: o dia on line 9.1.2010 .
santo antonio 2
TAngra!
A transcrição não irá dar problema ja que você colocou a fonte da matéria.
Esse secretario é ridiculo,vejo que não tem competencia sequer para Defesa Civil, dirá para coordenar o governo.
HÀÀÀ!ACHARAM OS PLUVIÔMETROS?
LAMENTO, 5MIM ATRASADOS!
qUANTA INCOPETÊNCIA!!
fORA INCOPETENTES.
Esta dupla alexandre e lucas deveriam montar um bar, um pra contar piadas pois está sempre rindo e o outro pra degustar bebidas. Pois, Defesa Civil entendem os bombeiros, já que os treinaram ao longo dos tempos, e hoje sequer são citados,... enquanto, isso os canarinhos aparecem dando entrevista e chamam um ao outro de comandante, como se fossem militares...Porque não passam um tempinho no sol como o Comandante Jerri, seus soldados e os PMs. Os caras não sabem sequer responder as perguntas dos reporteres, respostas evasivas e sem argumento profissional...Agora dá pra entender por que não autorizam bombeiros em seus quadros, o medo de serem engolidos é muito...Porque não dão a chance aos ex-bombeiros que hoje são concursados na DC, são novos e inteligentes e não ficam escondidos no ar condicionado.
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