"Posso não concordar com uma só palavra do que dizes,
mas defenderei até a morte teu direito de dizê-las."
- Voltaire

domingo, outubro 10

E agora? Pra onde?

Anônimo, 10/out 12:54 em "O 2º Turno começou":
"Já votei. Há muito que não exerço esse meu direito com tanto prazer e convicção. Acho que já está chegando a hora de podermos sair do anonimato para criarmos de fato um grupo de ação pela moralidade no uso da coisa pública."

Anônimo, 10/out 12:40 em "Flatulência":
"Com tanta gente ganhando tão bem para fiscalizar o dinheiro público, será que além de pagar com seus impostos os vultosos salários dessa pessoas também vamos ter que fazer o trabalho que compete a eles? Tá de brincadeira!!!"

TAngra:
Esses dois comentários (Anônimos) merecem outro (também Anônimo).

Nós já contamos como foi o começo do Blog Transparência Angra. Foi do dia seguinte ao da eleição de Tuca Jordão. Precisamente em 6 de outubro de 2008.

Começamos sem qualquer pretensão, sem nem saber muito bem dessas coisas de Blog. Era só para descarregar uma revolta íntima, vinda da constatação de haver tanta gente desavisada a ponto de eleger uma figura inerte e incapaz como Tuca Jordão.

(Tuca Jordão para administrar a coisa pública... "Coisa Pública". Expressão infeliz. Com a péssima educação no Brasil - tanto a educação regular quanto a moral e a cívica, "coisa pública" virou coisa de todo mundo, e sendo de todo mundo não é de ninguém, e se não é de ninguém é de quem pegar primeiro, então, "É Nóis!")

Por força de ofício, toda nossa vida foi num trabalho análogo. Por que não aplicar um pouco dessa facilidade e, nas horas de folga, procurar, analisar e encontrar as coisa "estranhas" que acontecem na PMAR e torná-las públicas? Se alguém se interessasse, quisesse se informar para uma próxima eleição, muito bem, se não...

Posso garantir que não é difícil, mas é preciso que se tenha os recursos adequados para encontrar as brechas. Achar as pistas que qualquer ladrão deixa em seus roubos. E muita dedicação, e a fé de que é só procurar que se encontrará algo de errado, essa turma que está aí é ganaciosa demais.

Hoje, posso garantir também que os tais responsáveis pela "moralidade no uso da coisa pública", os que "ganham tão bem para fiscalizar o dinheiro público", eles não têm condições de executar este trabalho sem o apoio e a participação popular.

Uma das formas de participação popular é com a denúncia. Nós vamos mostrar logo mais uma que recebemos, feita ao MP por um cidadão angrense. É sobre essa pouca vergonha da Viação Senhor do Bonfim. Vai ilustrar bem o que estamos querendo dizer.

Nós já fizemos algumas denúncias. Tanto de coisas que encontramos quanto das que chegaram via comentários e E-mails de vocês, participantes do TAngra. Já denunciamos na Ouvidoria do MP e até diretamente a Juízes, quando isso nos foi solicitado. E não temos grandes críticas quanto aos resultados, ao contrário.

Acontece que, agora, percebemos que denunciar ainda é pouco. A população precisa mesmo se organizar, para termos as ferramentas e a força para fiscalizarmos por dentro e por fora o mal uso que os governantes estão fazendo da tal "coisa pública". E assim ajudarmos de maneira mais eficaz a quem pode agir contra eles, que são o MP e até mesmo algum vereadore que esteja de boa intenção, se é que os há.

Sem mais ajuda não vai dar, denunciar não vai bastar, a corrupção em geral atingiu até os animais irracionais. Nem nós conseguimos mais acompanhar tudo satisfatóriamente, sozinhos, agora que adotamos também a Câmara. Basta ser amigo do rei, ser um CC, e o cara já se sente no direito a seu quinhão da "coisa públlica". Não há MP nem vereador que consiga sem muita ajuda de todos os "de bem".

E agora José? Que caminho tomar nesta encruzilhada que parecia inatingível e que nem era o destino?

2 comentários:

Anônimo disse...

O INEPTO significado = Sem nenhuma aptidão; inábil, incapaz, incompetente.....

Anônimo disse...

TAngra, é melhor continuarmos como Secretos, dito numa postagem de hoje. Eu infelizmente não posso mostrar minha cara.
Mas falta muito pouco para me libertar disso.