Abusados e Incapazes no Poder

Anônimo em 12/Jul/2009 às 22:22 no post "Surrupiando o Bolso dos Funcionários":

Denúncia: Abuso de Poder

Dá pena de ver! Em toda Prefeitura estão fazendo os concursados em estágio probatório de marionetes! Se faz parte da panela o estagiário já entra como CC, mas se não faz parte é odiado, perseguido, humilhado e forçado a fazer trabalhos que não competem à sua função e cumprir horários absurdos, isso para não ser prejudicado e mandado embora!
Todos precisam de trabalho! Que Governo é esse hein? Cadê o Sindicato dos servidores?
Tio Kibe.

TAngra:
Prezado Anônimo Tio Kibe,

Isso que estão fazendo é mais sério que abuso de poder. Isso é "Assédio Moral". Muitas situações que estão gerando queixas dos funcionários são características de assédio moral:

• rigor excessivo;
• confiar tarefas inúteis ou degradantes;
• desqualificação ou críticas em público;
• isolamento ou inatividade forçada;
• ameaças explícitas ou veladas;
• exploração de fragilidades psíquicas e físicas;
• impor autocríticas em reuniões públicas;
• exposição ao ridículo;
• agressões verbais ou através de gestos;
• atribuição de tarefas estranhas à atividade profissional do empregado para humilhá-lo e expô-lo a situações vexatórias
• trabalho superior às forças do empregado;
• sugestão para pedido de demissão;
• ausência de serviço ou atribuição de metas dificílimas ou impossíveis de serem cumpridas;
• controle de tempo no banheiro;
• instruções confusas;
• solicitação de trabalhos urgentes para depois jogá-los no lixo ou na gaveta;
• imposição de horários injustificados;
• transferência de sala por mero capricho;
• boicote de material necessário à execução dos serviços.

Quem sofre assédio moral sente-se ofendido, menosprezado, rebaixado, inferiorizado, constrangido, ultrajado. Esse estado de ânimo traz conseqüências funestas para as vítimas, daí a necessidade de ser tradado juridicamente, defendendo assim aqueles que são vítimas de pessoas opressoras, que de alguma forma têm o poder de coagi-las no seu local de trabalho ou no exercício de suas funções.

O assédio moral – ato ilícito que é - provoca dano moral, suscetível de reparação pecuniária. O assédio moral não é um bom negócio para ninguém, nem para a Prefeitura, nem para os funcionários e menos ainda para a sociedade. É ato típico daqueles que não têm capacidade para chefiar. Um bom chefe não precisa nem mandar, quanto mais gritar e intimidar.

O funcionário agredido não pode se conformar. Se estiver no período de estágio espere sua efetivação para depois agir. O que deve fazer:

• anotar com detalhes toda as humilhações sofridas (dia, mês, ano, hora, local ou setor, nome do agressor, colegas que testemunharam, conteúdo da conversa e o que mais você achar necessário);
• procurar a ajuda dos colegas que testemunharam o fato ou que já sofreram humilhações do agressor;
• evitar conversar com o agressor sem testemunhas; ir sempre com um colega de trabalho;
• socorrer-se de advogados do sindicato ou particulares para denunciar o fato ao Ministério Público e Justiça do Trabalho, e para pedir indenização pelos danos sofridos.

Se você é testemunha de cenas de humilhação no trabalho supere seu medo, seja solidário com seu colega. Você poderá ser "a próxima vítima" e nesta hora o apoio dos seus colegas também será precioso. Não esqueça que o medo reforça o poder do agressor!