"Eu fiquei esperando este vereador citar 'NÓS', o povo sofrido e engando, no que diz respeito à 'Pautar a Reunião'. Achei que ele ia dizer assim:
- 'Precisamos ouvir o povo angrense, ver e ouvir suas necessidades e, a partir daí, pautar a reunião'.
O povo é que se dane! O importante é o bolso destes canalhas. Eles estão enganados quando dizem que somente a oposição está revoltada com eles, existem também os que votaram neles e estão decepcionados."
TAngra:
Lembram do ex-corregedor da Câmara Federal, deputado Edmar Moreira, aquele do castelo de R$25 milhões? O que disse que deputados 'têm o vício da amizade'?
Pois é. Ele deixou de ser corregedor, foi expulso de seu partido e está sendo julgado no Conselho de Ética por quebra de decoro parlamentar. O relator do seu processo é o 'amigo' Sérgio Moraes (PTB-RS), que já disse que não vê razão para condená-lo, mesmo antes de qualquer investigação.
Sérgio Moraes disse aos jornalistas que não está preocupado com a absolvição prévia do 'amigo':
-"Estou me lixando para a opinião pública. Até porque parte da opinião pública não acredita no que vocês escrevem. Vocês batem, mas a gente se reelege. Podem me atirar no fogo que não tenho medo. Tenho sete mandatos e seis filhos, minha mulher é prefeita. Não é pouca vergonha eu estar aqui. Pouca vergonha são aqueles que nunca concorreram a nada se intitularem patronos da ética e da moral."
José Antonio deve ser parente desse sujeito. Só o voto consciente pode nos livrar desses 'políticos surrealista e míopes'. Vamos vigiá-los bem de perto para nos livrarmos deles nas próximas eleições.
Leia a matéria completa neste link: http://www.portogente.com.br/texto.php?cod=22455
3 comentários:
Procurador de Caucaia recebe informações sobre empresa da merendaO procurador do município de Caucaia, Ricardo Rocha, recebeu, do Ministério Público do Estado de São Paulo, um CD com informações sobre a empresa Serra Leste, vencedora da licitação da merenda escolar do município, realizada na segunda-feira de Carnaval.
No material, estão informações sobre a "máfia da merenda escolar", investigação realizada em São Paulo que envolve a Serra Leste e outras cinco empresas acusadas de formação de cartel para fornecimento de merenda escolar. De acordo com os trabalhos, a empresa Serra Leste age em todo o Brasil, com ações mais concentradas em São Paulo.
O procurador Ricardo Rocha vai analisar o material e aguardar o resultado do relatório técnico elaborado pelo Tribunal de Contas dos Municípios que analisa os documentos fornecidos pela Prefeitura de Caucaia. Se for detectada alguma irregularidade na licitação, a Procuradoria do Município vai entrar com uma ação civil pública pedindo o cancelamento.
Promotoria investiga fraude na merenda em São Paulo
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ALENCAR IZIDORO
JOSÉ ERNESTO CREDENDIO
da Folha de S.Paulo
O Ministério Público Estadual investiga a existência de conluio entre empresas da merenda escolar para fraudar licitação feita pela Prefeitura de São Paulo em maio de 2007, na gestão Gilberto Kassab (DEM).
As prestadoras do serviço terceirizado têm recebido do município, desde então, mais de R$ 200 milhões por ano.
A investigação sobre formação de cartel, lavagem de dinheiro e corrupção de agentes públicos se estende a pelo menos outros 13 municípios, envolvendo as mesmas empresas, e abrange também a má qualidade da alimentação fornecida aos alunos da rede paulistana.
Três depoimentos oficiais e uma gravação recebida pela Promotoria falam de um acerto entre empresários às vésperas do pregão realizado há dois anos durante a gestão Kassab.
Num depoimento, o advogado J. (cujo nome é mantido em sigilo a pedido da Promotoria), que foi ligado ao grupo SP Alimentação, diz que a combinação envolveu no mínimo três empresas para a distribuição de seis lotes em disputa --além da SP Alimentação, cita a Nutriplus e a Geraldo J. Coan. Ele diz ter tido acesso à gravação que comprova os acertos --e que cita outras empresas.
A escuta foi anexada ao processo, mas não deve ser utilizada como prova pelo Ministério Público devido à avaliação de que ela é clandestina -teria sido feita por um então colaborador de uma das empresas.
A Folha também teve acesso ao grampo --do qual não tem comprovação de autenticidade--, no qual os interlocutores se identificam como representantes de algumas empresas de merenda escolar e conversam sobre preços e combinações para forjar a disputa no pregão, cujas propostas seriam apresentadas no dia seguinte.
Num trecho da escuta, um homem que se identifica como Eloizo diz a outro de nome Magno estar reunido num hotel com representantes das principais empresas de merenda para fazer a divisão. No total, nove participaram da concorrência, das quais seis venceram e prestam serviços hoje.
Nas conversas, eles discutem a área em que vão ganhar --no caso, a de número 1-- e outra na qual tem de entrar só para fazer a cobertura (jargão para entregar proposta só para forjar a disputa) --no caso, a de número 2-- para a empresa Sistal.
O nome do presidente da SP Alimentação é Eloizo Gomes Afonso Duraes. O do vice, Olesio Magno de Carvalho. O Ministério Público suspeita que sejam os mesmos citados na gravação, mas a Folha desconhece que tenha sido feita perícia para comprovar isso.
Na gravação, os interlocutores falam dos preços que devem apresentar (incluindo a proposta inicial de R$ 6,066 milhões em uma das áreas, valor recomendado por um homem que se apresenta como "Tiago da empresa Coan") e sobre novo encontro no dia seguinte, no hotel Othon da rua Libero Badaró, a 300 metros do endereço do pregão, para os últimos acertos "porque ninguém confia em ninguém".
As combinações que constam da gravação são confirmadas pelo resultado da licitação. Cada um dos seis lotes ofertados pela prefeitura foi vencido por um grupo. Mas, na prática, quase não houve disputa.
No começo do pregão, as empresas entregaram suas propostas para diversas áreas. Mas, no decorrer do processo, abriram mão da disputa e cada uma só aceitou nova oferta no lote em que acabou vencendo.
Relatos colhidos a partir do início de 2008 pela Promotoria falam de uma rede de acertos entre empresários que fazem a merenda terceirizada em várias cidades do país.
O advogado J., que foi representante em licitações de uma empresa ligada à SP Alimentação, declarou à Promotoria que, além do "direcionamento" em licitações, tomou conhecimento de propinas de R$ 50 mil "a agentes públicos".
O promotor criminal Arthur Lemos diz que há outros dados que avalizam a tese de conluio da gravação. "Colhemos depoimentos de pessoas que confirmam isso, que já estiveram envolvidas no esquema, que participaram da licitação."
Outro lado
Parte das empresas que prestam serviços terceirizados da merenda escolar em São Paulo negou qualquer envolvimento em conluio ou irregularidades e outra parte não se manifestou.
A SP Alimentação, diretamente citada em depoimentos e na gravação, não quis falar.
Olésio Magno de Carvalho chegou a marcar encontro com a reportagem para ouvir as gravações nas quais seu nome aparece, mas desmarcou após consulta a advogados da empresa.
Ele disse que não poderia falar de algo de que não tomou conhecimento oficial. Afirmou ainda que a investigação no Ministério Público Estadual corria sob segredo de Justiça --pedido que, diz a Promotoria, foi suspenso nos últimos dias.
A Nutriplus divulgou nota dizendo que "não tem conhecimento de qualquer investigação" e que "nunca a empresa foi citada" e "nunca prestou depoimentos ou esclarecimentos a respeito". A empresa disse que "considera absurdas" as alegações da investigação informadas a ela pela reportagem.
Segundo a Nutriplus, "não há a menor possibilidade de ocorrer uma combinação de preços entre as empresas porque os valores cobrados são diferentes". Diz ter um preço 14% abaixo do maior na capital paulista.
A Nutriplus também disse que segue "rigorosamente" todos os preceitos determinados pelo Programa Nacional de Alimentação Escolar, que determina porções, frequência e componentes da merenda.
Diz ser certificada e " alinhada com os padrões internacionais". Afirma que as denúncias feitas em 2007 sobre redução na quantidade de merenda foram investigadas e a CPI da Câmara "inocentou a empresa".
A Nutriplus acrescenta que "denúncias desse tipo [...] têm origem entre os atacadistas que operam no mesmo setor" --e que são contra a terceirização da merenda escolar.
"Como a Prefeitura de São Paulo já anunciou que pretende terceirizar em todas as escolas da sua rede, esses atacadistas estão procurando razões para interferir no processo e continuar operando", disse.
A empresa Convida Alimentação informou que "por não ter acesso aos detalhes do que já foi apurado" e por não "ter sido comunicada oficialmente", prefere não emitir comentário. Afirma que "é uma empresa zelosa com a qualidade e a conservação dos produtos" e que "cumpre com todas as obrigações contratuais exigidas".
Geraldo J Coan, Terra Azul e Sistal foram contatadas a partir do meio da tarde, mas não responderam. A Folha não conseguiu contato com Serra Leste, SHA e Comercial Milano.
Prefeitura de Sapucaia do Sul contrata empresa de merenda escolar sem licitação
Uma CPI já foi instalada, no ano passado, para apurar irregularidades envolvendo a merenda
Milena Schoeller | milena.schoeller@rdgaucha.com.br
O edital que contém a licitação para a contratação de uma empresa de merenda escolar na prefeitura de Sapucaia do Sul foi publicado nesta sexta-feira. A empresa Verdurama está sendo contratada de forma emergencial para fornecer merenda aos alunos da educação infantil e ensino fundamental da rede de ensino do município. Pelo edital, as refeições custarão entre R$ 0,23 e R$ 1,67. O chefe de gabinete do prefeito de Sapucaia do Sul, Carlos Presser, justifica a dispensa da licitação:
— A contratação é para que no dia que começar as aulas, a alimentação esteja efetivamente disponível aos estudantes. É uma questão emergencial, pois há uma outra licitação sendo lançada. Nós pedimos auxílio ao Tribunal de contas do Estado para que ele apontasse algum problema ou alguma alteração e eles fizeram algumas sugestões, nós acatamos. Em função disso, anulamos a licitação passada e lançamos um novo processo licitatório.
Segundo Presser, a nova licitação deve estar pronta até o final de março. No ano passado, a empresa que era responsável pelo serviço foi acusada de fornecer propina a autoridades públicas para garantir vitórias em licitações e ainda de superfaturamento.
Um pessoa que se dizia representante da SP Alimentação foi flagrada, em reportagem da RBS TV, fazendo a negociação irregular. O caso está sendo investigado pelo Ministério Público Federal. Na Câmara de vereadores de Sapucaia, uma CPI investiga as possíveis irregularidades. O presidente da comissão, Adílpio Zandonai, diz que eles vão pedir a suspensão do edital.
A SP Alimentação nega a ligação com a empresa Verdurama. Segundo nota divulgada pela empresa, as duas organizações são concorrentes. A nota ainda diz que a CPI na Câmara é uma oportunidade para a empresa demonstrar a competência dos serviços prestados para a prefeitura. Já a Verdurama já foi contatada pela reportagem, mas ainda não se manifestou.
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