"Posso não concordar com uma só palavra do que dizes,
mas defenderei até a morte teu direito de dizê-las."
- Voltaire

sábado, abril 17

O que é bom e o que é mau?

Anônimo, 17/abr 11:31 em "Plano Diretor pró 'eterno'?":
"Sobre baixarias, fofocas, etc o povo sabe e quer opinar. Sobre esse assunto tão sério, nenhum comentário.

Será que o povo ainda não entendeu? Vão valorizar os terrenos adquiridos no passado a preços de banana e vendê-los a preço de ouro, depois de mudarem a porcaria do gabarito do parque das Palmeiras, Balneário etc?

Acorda povinho, antes que seja tarde!"

TAngra:
Prezado Anônimo,

Pode ter sido por alguma falha na forma de abordarmos o assunto, embora já tenhamos percebido isso em outros casos semelhantes.

Também pode ser que seja a tal crise de valores éticos pela qual nossa sociedade está passando. Alguns se sentem desamparados com a enxurrada de notícias de corrupção, corruptos e corruptores impunes, abusos de todo tipo. Outros já foram tomados pela indiferença, nem se incomodam mais.

Está difícil distinguirmos o que é certo do que é errado, o que é bom do que é mau. Quem nunca enfrentou um dilema, no dia a dia, sobre o que será ético fazer-se em determinada situação, seja no trabalho, no convívio social, ou mesmo na própria família?

Quem acompanhou os votos dos Ministros do STF, agora no dia 15, julgamento do habeas corpus em favor de Salvatore Cacciola (bancos Marka e FonteCidam, desvio de R$1,3 bilhões dos cofres públicos, preso em Mônaco depois de fugir do Brasil), certamente teve essa dúvida reforçada. O Ministro Marco Aurélio chegou a defender Cacciola, dizendo que ele agira em defesa própria, pois a desvalorização da moeda brasileira frente ao dólar o lavaria à falência. Será que o Ministro diria o mesmo se o julgamento fosse de um pequeno traficante lá do Morro do Boréu, que enveredou pelo crime por ter sido abandonado pelo estado desde o nascimento?

Mas o povo está acordando. Antes tarde do que nunca!

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