"Posso não concordar com uma só palavra do que dizes,
mas defenderei até a morte teu direito de dizê-las."
- Voltaire

quinta-feira, março 4

Lembrando o Poeta

Anônimo, 4/mar às 20:22 em "Causos da Praia do Anil":
"Sonho com o dia que todas as injustiças sejam banidas da Terra e, principalmente, da terra onde vivo. Com o dia em que todos terão empregos dignos e que serão devidamente reconhecidos por isso. Que nunca mais precisaremos lutar arduamente para que isso aconteça. O dia em que todas as 'leis' sejam cumpridas e não guardadas dentro do fundo de uma gaveta de um governante qualquer nem de seus subordinados, que ganham muito bem para lhe adularem, e para que isso aconteça pisam nos que julgam 'mais fracos' do que eles. O dia em que todos seremos valorizados pelo que fazemos e mostramos para quem quiser ver ou não...

Nós, educadores de Angra, lotados nas creches do município, apenas lutamos pelo que nos é direito e devido. Assumimos grandes responsabilidades e até agora não conseguimos nosso reconhecimento por pura má vontade de quem de direito. Lutamos e temos a plena consciência de nosso valor. Não lutamos por uma utopia ou por teimosia, lutamos para que a lei seja cumprida... Afinal de contas elas são ou não criadas para que sejam respeitadas? Não é por isso que votamos? Para que nossos direitos sejam plenos e de fato? Por que a demora? Puro descaso ou 'esquecimento'? Sabemos de nosso valor e apenas queremos o que é nosso por direito desde 1996, segundo a LDB/96."

TAngra:
Prezado Anônimo,

Seu comentário me lembrou um poema que li hoje no Blog Resistência, "Operário em Construção", de Vinícius de Moraes. Mais especificamente deste trecho, não sei bem o motivo:
"...
Um dia tentou o patrão
Dobrá-lo de modo vário.
De sorte que o foi levando
Ao alto da construção
E num momento de tempo
Mostrou-lhe toda a região
E apontando-a ao operário
Fez-lhe esta declaração:
– Dar-te-ei todo esse poder
E a sua satisfação
Porque a mim me foi entregue
E dou-o a quem bem quiser.
Dou-te tempo de lazer
Dou-te tempo de mulher.
Portanto, tudo o que vês
Será teu se me adorares
E, ainda mais, se abandonares
O que te faz dizer não.
Disse, e fitou o operário
Que olhava e que refletia
Mas o que via o operário
O patrão nunca veria.
..."

Este é só um pedaço, não deixe de lê-lo inteiro:


P.S. E não esmoreçam, vocês estão apenas começando, nada que valha a pena vem fácil.

2 comentários:

Anônimo disse...

Lindo poema!

Anônimo disse...

A educação infantil só mudará quando a legislação federal entrar na cabeça desta turma que rege a educação, e pelo jeito vai demorar muito...ou talvés eles nunca consigam assimilar isso, é muito pro QI deles!